Versos

Insônia

(Rio, 8/7/1997)


 Desde que a chuva caiu,
o vento bate diferente.
Enquanto não durmo,
escuto a porta  bater.
Bate enquanto penso
ser vento.
 
Viro, desviro e viro novamente.
Indolente, insolente, solene e só.
O corpo já se move lento,
Acho que durmo.
Intuo.
 
A chuva voltou.
Já não penso ser vento,
nem a porta que bate.
Quero ser sono,
Que não encontro mais.
 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: