Desci da serra e fui resolver coisas e mais coisas no Rio. E olha o que eu encontro? Você, minha cidade. Meu Rio de coração e nascimento, ao natural, de cara lavada depois de um dia de Sol e iluminado.
Minha cidade vestida de azul que escurece para receber a noite, e sempre foi assim em dias claros. Sinto da Lagoa a brisa de praia que se mistura a umidade das montanhas, dos verdes mais próximos vindos do Jardim Botânico – bairro no qual nasci. A mistura de aromas me faz sentir saudades do Parque Lage. Me faço uma promessa, ” na próxima vez , passarei por lá”.
Do táxi, procuro o Cristo, mania de carioca, e agradeço. Acho tudo tão próximo e querido, me sinto em casa, mas é sempre tão corrido… e retorno para as outras montanhas onde hoje moro, com você aqui dentro e encantada com as suas cores e as suas luzes prontas pra fechar o dia.
O táxi para no sinal e eu contemplo mais um pouco. Abro a janela e tiro uma foto. A foto acima.
Rio…minha cidade. É sempre bom quando a vejo assim, feliz, quase em paz, em uma harmonia distante e própria, alheia as notícias dos jornais. Só por um instante: eu e você – obrigada por tudo que você me deu.