Meu passado não me condena. Certa vez, numa entrevista de trabalho me perguntaram ” Quem para você seria uma referência feminina de personalidade?”. Era uma dessas entrevistas que no final do processo colocam você com mais de uma entrevistadora na mesma sala para medir seu grau de loucura ou coisas do tipo. Tenho agonia. EuLeia Mais
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Uma mulher anônima
Certa vez, no meu aniversário, acho que eu completava 25 anos, minha tia me disse ” Aproveite a vida, Paulinha. Porque depois o tempo passa e não dá pra fazer mais nada…”. Ela faleceu em 2015, com 97 anos. Ela se formou numa época em que poucas faziam isso, trabalhou e lecionou em colégios doLeia Mais
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Duas cadeiras de ferro no jardim de casa
Ela estava de mudança. Não sabia ao certo ainda para onde iria, mas queria desesperadamente ir. Mudar. Havia feito apostas altas, mudou tudo para ser feliz, apostou num grande amor, saiu de sua zona de conforto e foi parar no meio do mato, entre nuvens frias e raros dias de Sol. Esqueceu que amava oLeia Mais
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De mim pra você
Se o meu sorriso corresponde ao seu, guarda. Assim como um dia bom. Um dia de praia, Sol e mar. Aquele mar que alimenta viagens e nos faz crer no infinito quando esquecemos, por instantes, que tudo finda. Tudo tem seu tempo. E assim vendo o mar, observe – não existe única pessoa que aoLeia Mais
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As flores de Sachsenhausen
1995. Eu tinha vinte e poucos anos e vivia meu primeiro mochilão pelo Velho Mundo. Naquele ano, a Europa celebrava os 50 anos do fim da Segunda Guerra Mundial , e tudo parecia ser um registro vivo e histórico daquele período sombrio, de 1939 a 1945. De tudo o que vi e retive emLeia Mais
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Cafuné
Com o tempo a gente aprende a não esperar “bom dia” de pedra, nem elogios de poste. Aprende que tem gente que não sabe ser Sol, nem Brigadeiro de festa. E não adianta o quanto você se esforce, não adianta, tem gente que nasceu para ser janela sem paisagem, varanda sem brisa, vaso sem flor,Leia Mais