Poeira, boca seca, céu azul. Azul sem nuvens. De um infinito tão absurdo e particular que pensei me fundir a cor na intenção de ser livre. Ventos que mudam, trazem e levam poeira, galhos, pessoas, folhas. Tudo virando pó e tempo. Estrada.
Dentro do carro, música. Poderia ser qualquer uma que a paisagem me absorveria da mesma forma. Vidro aberto, sem medo do vento a entrar por poros. Destino: Chapada dos Veadeiros.
E nós nunca mais voltaríamos a ser quem um dia fomos, um para o outro. Guardei daquela estrada o solo árido, castigado pela estiagem. Terra seca. Parecia castigo.
O céu não virou água naqueles dias.
A cachoeira se chamava “Segredo”.